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África do Sul: o país das oportunidades no futuro

Após a Copa do Mundo de 2010, a África do Sul obteve um grande crescimento na demanda por produtos mobiliários, mais econômicos e de linhas médias, especialmente em Joanesburgo, a maior cidade.  Nas linhas de média e alta decoração há crescimento, porém, retraído ainda. É o país das oportunidades no futuro. Essa é a avaliação do presidente da Associação dos Moveleiros do Oeste de Santa Catarina (Amoesc) e do Sindicado das Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Vale do Uruguai (Simovale), Osni Verona, que participou, recentemente, de missão empresarial ao mercado africano.

As ações do polo moveleiro do oeste catarinense na África do Sul foram muito importantes. “Fomos bem recebidos pelo embaixador brasileiro e pelo governo. O nosso polo tem os produtos que o mercado africano precisa e com preços competitivos nas linhas mais populares”, reforça Verona. Joanesburgo, segundo ele, significa a Europa na África do Sul. “Os importadores gostaram muito dos produtos que apresentamos e identificaram grandes oportunidades de novos negócios e comercializar em um curto prazo produtos brasileiros com design qualidade, conforto e preço”, afirma Verona.

O dirigente ressalta que durante as rodadas de negócios, os importadores manifestaram grande interesse em vir ao Brasil conhecer o polo moveleiro e suas respectivas empresas para consolidar as negociações. A intenção é que isso ocorra ainda neste ano de 2011.

Entre os pontos fracos, o presidente da Amoesc/Simovale destacou que no país de Moçambique há muita corrupção no governo federal. Eles importam praticamente tudo e exportam muito pouco, especialmente, os produtos das minas como carvão pedras preciosas in natura e não agregam valor. A cidade teve sua independência em 1975 e passou 14 anos em guerra civil. Não possui infraestrutura e há muita violência. Em 2010, a inflação foi de 17% e a taxa de juros foi acima de dois dígitos. Além disso, o risco de inadimplência é altíssimo, o salário mínimo é de aproximadamente 200,00 dólares, cerca de 40% da população tem AIDS e a expectativa de vida é de no máximo 50 anos de idade.

Em Moçambique falta tudo. Mas houve muito interesse em buscar informações e parceiros para transferir conhecimento e tecnologias como, por exemplo, a abertura para a instalação de empresas e escolas moveleiras com espaços na área industrial, mão de obra e madeira abundante. “No entanto, faço minha avaliação e acredito que nossos empresários devem explorar melhor o mercado interno brasileiro que é promissor. Não temos necessidades de arriscar investimentos em um mercado duvidoso como os países pobres da África. Porém, podemos selecionar os países em grande expansão no país e investir”.

Na avaliação de Verona,  foi possível fortalecer o relacionamento com os importadores e há grandes expectativas de negócios a curto prazo com as empresas do polo moveleiro nas linhas de móveis em chapas e madeiras. Além da participação nas rodadas de negócios, há interesse dos empresários de Moçambique em visitar o Brasil e conhecer o polo do Oeste de Santa Catarina ainda neste ano de 2011 e, retornar em 2012, para prestigiar feira Mercomóveis.

A viagem também oportunizou visita à Saitex, a mais importante feira multissetorial do mercado africano, que reúne anualmente cerca de 640 expositores e quase 13 mil visitantes de todo o mundo. O que mais chamou atenção dos empresários brasileiros no evento foi o fato de ser um mercado para produtos BBB (produtos bons bonitos e baratos), onde são negociadas desde alimentos, máquinas e equipamentos, roupas, bebidas, móveis populares, artesanatos temáticos africanos, entre outros. “O nosso polo tem produtos para todos os gostos como linhas populares, média e alta decoração. No entanto, produtos com preços mais econômicos nos deram o foco do que o mercado africano busca”, reforça Verona.

A missão também foi representada por empresários do Núcleo de Comércio Exterior e Logística Internacional da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic) e pela estudante Larissa Scholl Schaefer, bem como pela professora e coordenadora do curso de comércio exterior da Unoesc Chapecó, Inocencia Boita Dalbosco.

De acordo com Inocencia, um dos objetivos da participação da Unoesc na missão foi alcançado. “Conseguimos promover o intercâmbio, pois todas as embaixadas visitadas demonstraram interesse em conhecer nossos projetos. Inclusive, algumas empresas pediram que a Unoesc formate cursos técnicos de informática e envie professores para realizar aulas em Moçambique e ainda cursos técnicos especialmente para as mulheres e jovens”, salienta.


Osni Verona entrega material de divulgação de Chapecó ao Senador de Rondônia

Osni Verona entrega material de divulgação de Chapecó ao Senador de Rondônia

 

A professora Inocencia entregou material de divulgação de Chapecó ao presidente da Câmara de Comércio de Moçambique

A professora Inocencia entregou material de divulgação de Chapecó ao presidente da Câmara de Comércio de Moçambique

 

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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